Egressa de História do Campus/Polo Colinas participa do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências”
Por Paula Lima em 31 de March de 2025
A egressa do curso de História do Programa Ensinar, Polo Colinas, Antonia Aline Costa da Silva, foi selecionada para participar do projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências”, uma iniciativa supervisionada pelo Ministério da Igualdade Racial do Brasil (MIR) em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O projeto integra a Incubadora de Pesquisas Feministas Antirracistas N/NE/AM Legal INCT Caleidoscópio e tem como foco a promoção de tecnologias sociais para mulheres quilombolas e a inclusão de pesquisadoras negras no campo científico.
A Uema Campus Colinas esteve presente no pleito com as inscrições das professoras Dra. Antonia Mauryane Lopes, Coordenadora do Projeto de Extensão “Tecendo Saberes Ancestrais: Mulheres Quilombolas”, Profa. Ma. Rayane Andrade Rodrigues, Profa. Esp. Laize Oliveira Silva e da egressa Antonia Aline de Sousa Costa. Entre os participantes do Maranhão, a Uema Colinas se destacou com a aprovação da bolsa financiada pelo CNPq para Antonia Aline, que atuará nas atividades desenvolvidas nos quilombos da região.
Sobre o projeto
O projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências” visa selecionar pesquisadoras negras, preferencialmente das regiões Norte, Nordeste e Amazônia Legal, e/ou remanescentes de quilombos, para desenvolver atividades relacionadas à produção de conhecimento feminista e antirracista. A participação no projeto representa uma oportunidade única de ampliar a visibilidade das mulheres negras em espaços acadêmicos e de decisão científica.
Para Antonia Aline, essa conquista é um marco na sua trajetória: “O sentimento é inteiramente de gratidão, carregado da sensação de reconhecimento e valorização. Eu me vejo claramente nesse projeto como se eu fosse uma dessas mulheres, visto que o fator importante para participar foi ser e me reconhecer como mulher negra, e ainda ser neta de quilombola. Ser aprovada me coloca na posição de dar visibilidade a essas mulheres, mostrar a elas o valor que temos e que somos partes fundamentais na construção dessa sociedade”.
Ela também destacou a importância da Uema na sua trajetória. “A Uema foi uma virada de chave, uma oportunidade que o Programa Ensinar me deu para colocar não só o meu, mas o nome de várias mulheres na história. Considerando que cursei História-Licenciatura, tive a possibilidade de compreender os processos que levaram à marginalização da figura feminina. Meus professores me trouxeram um conhecimento que a escola não nos oferece, e isso me fez desejar mudar a realidade de mulheres que, assim como eu, sofreram preconceitos e desrespeitos”, destacou.
Por: Paula Lima