Aluna de Física do Polo Apicum-Açu apresenta trabalho no IV Seminário África-Brasil
Por Paula Lima em 28 de May de 2025
A estudante Roselma Gatinho Silva, curso de Física do Polo Apicum-Açu, apresentou trabalho no IV Seminário África-Brasil, realizado entre os dias 21 e 24 de maio, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com o tema “Confluência Transatlântica: interconexões culturais e socioeconômicas entre Brasil e os países africanos”.
Roselma levou ao evento o trabalho intitulado “Saberes ancestrais na educação básica: o ensino de Física a partir do som de tambores”, desenvolvido durante a disciplina de Prática Curricular, ministrada pela Profa. Aline Oliveira Soares Arraes. A pesquisa propõe uma reflexão sobre como os saberes tradicionais da cultura quilombola de uma comunidade maranhense podem ser integrados ao ensino de Física. A proposta parte de uma abordagem teórica que valoriza a cultura local, promove uma educação inclusiva e contribui para o desenvolvimento social, utilizando como exemplo o som dos tambores para explicar conceitos físicos.
De acordo com a Profa. Aline Oliveira Soares Arraes, orientadora do trabalho, a participação em eventos como esse tem impacto direto na formação acadêmica e pessoal dos estudantes.
“A participação de estudantes em eventos científicos é fundamental para o crescimento intelectual e desenvolvimento de pesquisas, seja qual for a temática. No entanto, quando os temas são mais atuais e de preocupação a nível nacional, se tornam ainda mais relevantes. O Seminário África-Brasil teve fundamental importância para discussões de decolonialidade e reflexões para além da educação. Ultrapassou as fronteiras do Brasil com a participação de diversos autores e autoras de países africanos, assim como a presença de pessoas quilombolas do Maranhão, que usaram o lugar de fala para expressar as raízes e origens do povo brasileiro para além da literatura”, destacou.
Para Roselma, a experiência representou uma transformação em sua trajetória acadêmica e pessoal. “Foi muito importante tudo que aprendi. Nunca havia pensado que a faculdade iria me levar a lugares assim. Hoje posso dizer com convicção que fiz a escolha certa e que irei seguir essa linha de estudo. Tenho orgulho de ser UEMA”, afirmou a estudante.
O seminário reuniu pesquisadores, estudantes e representantes de comunidades tradicionais do Brasil e de países africanos, promovendo diálogos sobre cultura, educação e práticas decoloniais.
Por: Paula Lima