Alunos de Geografia do Polo Coroatá têm aula de campo em São Luís com foco em estudos socioambientais e riscos no território
Por Paula Lima em 5 de May de 2025
No último dia 26 de abril, estudantes do curso de Geografia do Polo Coroatá tiveram uma aula de campo em São Luís, com foco nos Estudos Socioambientais, Espaço, Memória e Riscos no Território. A atividade, promovida no âmbito da disciplina Estudos Socioeconômicos do Brasil, foi conduzida pelo Prof. Me. Carlos David Veiga França e teve como principal objetivo proporcionar aos alunos uma imersão prática nas dinâmicas socioespaciais da capital maranhense.
Durante a ação, os alunos visitaram o Porto da Vovó e o Centro Histórico de São Luís, com o propósito de compreender, por meio de técnicas qualitativas e uso de geotecnologias gratuitas, os diferentes usos do solo, os riscos ambientais e as estratégias de mitigação presentes nesses territórios. A iniciativa também estimulou uma postura crítica diante das desigualdades socioespaciais, levando em conta os impactos causados, sobretudo, às populações em situação de vulnerabilidade.
“A realização desta atividade de campo foi fundamental para consolidar a articulação entre teoria e prática no processo formativo dos nossos licenciandos em Geografia”, destacou o professor Carlos David.
Ele, ainda, complementou: “trabalhar os temas dos estudos socioambientais e dos riscos no território diretamente em contextos reais — como o Porto da Vovó e o Centro Histórico de São Luís — possibilitou aos estudantes vivenciar de maneira crítica e sensível à complexidade das dinâmicas urbanas, os processos de vulnerabilidade e os desafios da gestão do espaço”.
A experiência envolveu uma análise crítica dos ambientes visitados, na qual os estudantes observaram riscos ocupacionais e os impactos das ações humanas no espaço geográfico. Além disso, os cursistas realizaram entrevistas com moradores das áreas estudadas, a fim de compreender os principais desafios enfrentados pelas comunidades. Os alunos também preencheram questionários nos quais classificaram o nível de risco das áreas observadas.
O professor Carlos David destacou, que “sem dúvida, esse tipo de vivência fortalece a formação cidadã e a atuação futura desses profissionais enquanto educadores comprometidos com a justiça social e o planejamento territorial consciente e inclusivo”.
A estudante Sandra Valquíria ressaltou a relevância do momento para a formação acadêmica da turma. “Realizar a aula de campo no Porto da Vovó foi uma experiência extremamente enriquecedora. Analisamos o risco ambiental existente ali, provocado tanto por processos naturais quanto pela ação humana, e compreendemos melhor a vulnerabilidade social das comunidades que ali vivem”, afirmou.
Ela também frisou a importância de visitar o Centro Histórico: “Foi um olhar mais atento sobre o patrimônio cultural da cidade, que mesmo sendo de grande valor histórico e turístico, enfrenta riscos e sinais de degradação”.
Por: Paula Lima