Estudantes de Ciências Sociais do Polo Araioses vivenciam realidade local em pesquisa de campo
Por Paula Lima em 5 de May de 2025
Estudantes do curso de Ciências Sociais do Polo de Araioses participaram de uma experiência durante a disciplina de Antropologia Contemporânea, ministrada pelo Prof. Dr. Fladney Francisco da Silva Freire. A proposta pedagógica foi além da teoria: promoveu um mergulho na realidade local por meio de uma pesquisa de campo voltada a temas relevantes da sociedade araiosense.
A atividade, realizada em dois momentos, permitiu aos estudantes interagir diretamente com os contextos estudados. No dia 19 de abril, os alunos escolheram os temas de suas pesquisas e foram a campo para o primeiro contato com os espaços e sujeitos investigados. Já no dia 27 de abril, ocorreu a partilha das vivências, momento em que os participantes apresentaram suas percepções, refletiram sobre os desafios enfrentados e compartilharam aprendizados que ultrapassaram os muros da academia.
Segundo o professor Fladney Freire, a proposta teve como foco a construção coletiva do conhecimento, baseada na escuta ativa, no respeito e na valorização das vivências locais. “Desde o primeiro momento, os estudantes foram inseridos em um processo que os incentivou a olhar para além das teorias, explorando o mundo com sensibilidade, curiosidade e respeito. Essa vivência trouxe uma compreensão mais profunda da realidade estudada, permitindo que cada participante não apenas observasse, mas interagisse, refletisse e ressignificasse suas percepções”, destacou.
O trabalho de campo envolveu mais do que a coleta de dados. Os alunos tornaram-se parte dos contextos investigados, construindo laços e desenvolvendo uma percepção mais sensível e humanizada da experiência antropológica. O exercício da escuta e da imersão permitiu o contato direto com diferentes formas de ver e viver o mundo.
Para o estudante Danilo das Chagas Galiano, a vivência foi marcante: “Minha experiência com minha pesquisa de campo foi, antes de tudo, um processo de encontro com a cultura do outro. Fui desafiado a descrever densamente e traduzir aquilo que via na versão mais próxima de suas particularidades. Esse envolvimento me permitiu deixar de lado um pouco de minhas características mais objetivas e me abrir para algo mais intuitivo. É desafiante desfazer noções pré-concebidas e deixar-se moldar pelo campo. Em síntese, afirmo que a experiência foi fascinante”.
A atividade destacou o potencial transformador da antropologia enquanto ferramenta de escuta, compreensão e aproximação entre mundos distintos. Por meio da observação participante e da partilha de experiências, os alunos desenvolveram não apenas habilidades acadêmicas, mas também uma postura ética e empática diante da diversidade cultural.
Por: Paula Lima