Estudantes de Geografia do Polo Presidente Médici vivenciam aula de campo em Alcântara-MA
Por Paula Lima em 23 de July de 2025
Nos dias 19 e 20 de julho, a cidade histórica de Alcântara recebeu os alunos da turma de Geografia do Polo Presidente Médici para uma aula de campo da disciplina Geografia Cultural, sob orientação do Prof. Celso.
A atividade teve como principal objetivo proporcionar uma imersão prática nos conteúdos estudados em sala, aliando teoria à observação direta da realidade territorial e simbólica de um dos municípios mais ricos em patrimônio histórico e cultural do Maranhão.
Durante a visita, os estudantes puderam percorrer diversos pontos marcantes da cidade, guiados por Cláudio, um conhecedor da história e das camadas culturais de Alcântara. As explicações minuciosas sobre casarões coloniais, ruínas, igrejas, o pelourinho e outros marcos históricos ofereceram aos alunos uma leitura mais densa da paisagem local, interpretada como um verdadeiro “texto cultural”.
A experiência foi ainda enriquecida pela contribuição da pesquisadora Nayane, que compartilhou aspectos de seus estudos sobre a tradicional Festa do Divino Espírito Santo. Com ela, os estudantes compreenderam as dimensões simbólicas, religiosas e políticas do evento, percebendo como a ocupação ritualizada dos espaços e as práticas culturais ressignificam o território ao longo do tempo.
Para o professor Celso, a vivência superou as expectativas e reforçou a importância do contato direto com os territórios estudados.
“Essa atividade teve como objetivo aprofundar nossos conhecimentos sobre o patrimônio cultural, histórico e geográfico da região, por meio de vivência prática e contato direto com os elementos estudados em sala de aula da Geografia Cultural. O que mais me marcou foi perceber como Alcântara guarda em suas paredes e ruas as marcas de um passado doloroso, mas também de uma cultura rica que resiste até hoje. A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto”, disse o professor.
Os locais visitados incluíram as Ruínas da Igreja da Matriz de São Matias, a Casa do Divino, o Pelourinho e a Igreja do Carmo, todos repletos de significados que revelam as relações de poder, fé, resistência e identidade que marcaram — e ainda marcam — o território alcantarense.
A experiência deixou marcas também nos alunos. Eliomar, estudante da turma, compartilhou suas impressões.
“A visita a Alcântara foi extremamente enriquecedora para minha formação como estudante de Geografia. Mais do que aprender datas ou eventos, pude vivenciar o espaço, perceber os contrastes sociais e entender o valor da preservação da memória histórica”, destacou.
“Ele, ainda, complementou: “Essa experiência me ensinou que aprender geografia é também ouvir histórias, pisar nos lugares, observar o cotidiano e valorizar as culturas locais. Sem dúvida, essa vivência ficará marcada na minha trajetória como estudante e cidadã”.
Por: Paula Lima