Seminário de Pesquisa em Geografia Cultural movimenta Polo Coroatá com apresentações sobre identidade, território e patrimônio
Por Paula Lima em 21 de July de 2025
No último dia 19 de julho, o auditório do Polo Coroatá se transformou em um espaço de reflexão crítica, aprendizado e valorização da cultura com a realização do Seminário de Pesquisa, da disciplina Geografia Cultural. Sob orientação da professora Josiane Rodrigues dos Santos Cabral, os estudantes do curso de Geografia apresentaram, em equipes, seminários temáticos que abordaram conceitos-chave como paisagem cultural, território cultural, lugar simbólico, identidade e região cultural.
A atividade teve como objetivo aprofundar a compreensão dos alunos sobre as múltiplas dimensões simbólicas, históricas, sociais e identitárias que moldam os espaços geográficos. Para isso, os grupos desenvolveram pesquisas baseadas em autores consagrados da Geografia Cultural, como Roberto Lobato Corrêa e Zeny Rosendahl, e relacionaram teoria e prática ao explorarem temas como religião, festas populares, patrimônio cultural e mercantilização da cultura.
Entre os destaques das apresentações estiveram estudos sobre o Quilombo Rampa, festas tradicionais da região e a importância do reconhecimento e preservação do patrimônio cultural local.
Segundo a professora Josiane, “esse momento de apresentação das equipes no Seminário Temático em Geografia Cultural foi uma aprendizagem muito promissora. Os alunos trouxeram vivências e percepções acerca do olhar do geógrafo sobre o patrimônio e a diversidade cultural. A riqueza de detalhes nas pesquisas reforça o quanto esse tipo de atividade estimula a autonomia, o aprofundamento teórico e fortalece a capacidade crítica dos alunos ao analisar identidade, memória, pertencimento e representações espaciais”.
A metodologia adotada envolveu os estudantes de forma ativa: os temas foram sorteados em sala e desenvolvidos por equipes, com apoio de recursos visuais e espaço para debate, promovendo a construção coletiva do conhecimento.
O impacto do seminário foi evidente nos relatos dos alunos. Para Raimundo Reis, a atividade foi transformadora: “Representou um grande enriquecimento, não apenas acadêmico, mas também pessoal. Percebemos o quanto conhecer as diversas culturas é essencial para fortalecer nossa consciência crítica e combater o preconceito”.
Arlan Machado destacou o novo olhar que a disciplina proporcionou: “Compreendi como os elementos culturais influenciam na formação da nossa identidade. As lutas de classes e a diversidade cultural precisam ser vistas como parte do que somos”.
Vanessa Sousa refletiu sobre o impacto das leituras e autores estudados: “A Geografia Cultural nos propõe a analisar o mundo a partir de experiências e relações sociais. O espaço geográfico é também simbólico, vivido e cheio de significados”.
Reginaldo Brandão resumiu a experiência como uma jornada de descobertas. “A cultura é a alma de um povo. Através da disciplina, reconhecemos que a cultura vai além dos monumentos — ela nos une, está em tudo, e somos resultado desse processo”, frisou.
Por: Paula Lima