Turma de História realiza vivência na comunidade indígena Lago Branco em Buriticupu


Por em 20 de outubro de 2025



A turma do curso de História do Polo Buriticupu participou de uma atividade de campo na comunidade indígena Lago Branco, como parte da disciplina História Indígena e Afro-Brasileira, ministrada pela Profa. Ma. Adriana Dourado Oliveira. O momento teve como objetivo promover a integração entre teoria e prática a partir do contato direto com saberes tradicionais dos povos originários.

A atividade proporcionou aos acadêmicos uma experiência de imersão cultural, permitindo a observação de aspectos como modo de vida, organização social, tradições e valores comunitários.

De acordo com a professora Adriana Oliveira, a vivência fortalece o compromisso do curso com uma formação crítica e contextualizada. “Estudar a história indígena exige sensibilidade e aproximação com as realidades desses povos. Não é possível compreender suas histórias apenas pelos livros. É vivenciando, ouvindo e dialogando que construímos uma educação comprometida com a diversidade e a valorização das identidades culturais”, destacou a docente.

Durante a visita, os estudantes participaram de rodas de conversa, ouviram relatos de lideranças locais e conheceram práticas culturais e saberes transmitidos pela ancestralidade indígena, ampliando a compreensão histórica e social debatida na disciplina.

A acadêmica Francisca Guajajara, integrante da turma, avaliou a experiência como transformadora. “Mais do que uma visita, foi uma verdadeira vivência. Ao estarmos em contato direto com os saberes e tradições da comunidade, desconstruímos estereótipos e ampliamos nossa compreensão sobre a riqueza das culturas indígenas brasileiras”, frisou.

Ela também destacou a importância acadêmica e humana da atividade: “Cada conversa e cada história compartilhada foi uma aula viva de resistência e identidade. Reconhecer e valorizar os saberes tradicionais dos povos originários é um ato de justiça histórica e de compromisso com uma educação plural e inclusiva”, afirmou.

A professora Adriana ressaltou que a experiência fortalece a formação docente dos futuros professores: “Nosso papel é formar educadores conscientes de seu compromisso social. O estudo das culturas indígenas não deve ser apenas um conteúdo obrigatório, mas um caminho para promover respeito, diálogo intercultural e combate ao preconceito”.

A vivência será utilizada como base para a produção de relatórios e reflexões acadêmicas, além de subsidiar práticas pedagógicas futuras, em consonância com a Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e cultura indígena e afro-brasileira nas escolas brasileiras.

Ao final do encontro, os alunos reforçaram que a experiência ficará marcada em suas trajetórias acadêmicas e pessoais como um exercício de escuta, empatia e valorização das identidades que compõem a história do Brasil.

Por: Paula Lima



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