Alunos de Química do Polo Turiaçu têm aula de campo sobre Didática no Rio Paxiba


Por em 21 de August de 2025



A turma de Química do Polo de Turiaçu finalizou a disciplina de Didática com uma experiência diferenciada. Uma ação de campo com o tema “Ensinar e aprender Química em ambientes naturais: Didática em diálogo com o rio Paxiba”. A proposta desafiou os estudantes a planejar e executar aulas articulando os conhecimentos químicos com o contexto local, reforçando a importância de uma prática pedagógica crítica e situada.

O Rio Paxiba, um dos principais cursos d’água da região, foi escolhido como espaço educativo por seu papel ecológico, social e cultural para a população. Apesar de sua relevância, o rio sofre com impactos ambientais, como o descarte de resíduos e alterações em seu equilíbrio natural, o que tornou o cenário ainda mais propício para discussões pedagógicas e científicas.

A iniciativa surgiu da própria turma, que percebeu a necessidade de refletir sobre formas diversificadas de ensino, capazes de conectar os conteúdos acadêmicos às problemáticas e riquezas locais.

Para a Profa. Ma. Jarlisse Nina, responsável pela disciplina, a experiência fortalece a formação docente e amplia o sentido da didática. “Ir até um local de referência da cidade enriquece a proposta da disciplina de Didática ao dar sentido territorial e cultural às atividades de planejamento e execução de aulas. Isso permite trabalhar o ensino de Química de forma contextualizada, situada e socialmente comprometida, que se constituem com princípios centrais da Didática crítica e da formação docente com base na realidade do aluno e do futuro professor”, disse ela.

Os estudantes também destacaram o aprendizado proporcionado pela vivência. Para Ana Júlia dos Santos Martins, a atividade reforçou a dimensão criativa e sensível da didática. “A vivência proporcionada por essa aula de campo me ensinou que o ensino de Química pode dialogar com a realidade local dos alunos, tornando o conhecimento mais concreto e contextualizado. Além disso, compreendi que a didática não se resume a métodos rígidos, mas envolve criatividade, sensibilidade e capacidade de observar as oportunidades educativas em diferentes espaços. Essa experiência me levou a refletir sobre meu futuro papel como professora, desejo levar para minha prática pedagógica uma didática viva, dinâmica e significativa”, ressaltou.

Já o estudante Dhyonisson Seleiro Cardoso destacou a integração entre teoria e prática: “Nós pudemos nos reunir, apresentar e executar os planos de aula, trocar ideias e unir teoria e prática. Outro aspecto interessante foi que todas as aulas foram feitas com poucos recursos, mostrando que é possível ensinar de forma criativa e acessível”.

Ao encerrar a atividade, a professora Jarlisse Nina reforçou a relevância do olhar pedagógico sobre os ambientes locais: “É importante que os discentes compreendam a Didática como prática viva, reconhecendo o ambiente como campo de significação pedagógica”.

Por: Paula Lima



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